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Empresas feitas para vencer, o estudo de Stanford (Jim Collins)

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Estudar o livro "Empresas Feitas para Vencer" (ou "Good to Great") de Jim Collins me trouxe muitos insights sobre como transformar uma empresa de boa para excelente.

Jim Collins formou uma equipe de pesquisa dedicada em Stanford — um verdadeiro "time de A" — para analisar profundamente como empresas medianas se tornaram excelentes. Eles estudaram mais de 500 empresas e filtraram para identificar aquelas que fizeram uma transição sustentável e significativa, de boas para ótimas. Essas empresas foram comparadas com outras que não fizeram o mesmo salto, o que permitiu identificar padrões específicos de sucesso.

Os principais pontos:

  1. Liderança de Nível 5: O que diferencia essas empresas é o tipo de liderança que elas têm. São líderes que combinam uma humildade pessoal incrível com uma determinação implacável. Eles não buscam protagonismo pessoal, mas estão totalmente comprometidos com o sucesso da empresa.
    • Collins define 5 níveis de liderança:
      1. 👱🏻‍♂️Leadership

      2. Indivíduo Altamente Capaz: Contribui com habilidades, conhecimento e bons hábitos de trabalho.
      3. Membro de Equipe Contribuinte: Trabalha bem com os outros e contribui para o sucesso da equipe.
      4. Gerente Competente: Organiza pessoas e recursos para alcançar objetivos pré-determinados.
      5. Líder Eficaz: Mobiliza o time para uma visão clara e altos padrões de desempenho.
      6. Líder Executivo: Une humildade pessoal e vontade profissional para construir uma grande empresa.
  • Primeiro Quem... Depois o Quê: Antes de definir uma estratégia, essas empresas garantiam que tinham as pessoas certas na equipe. Ter o time certo foi mais importante do que qualquer plano específico.
    • Algumas dicas para descobrir quem antes do quê:
      • Contratar pessoas pelas atitudes e valores, porque as habilidades podem ser desenvolvidas, mas os valores são fundamentais.
      • Colocar as pessoas certas nos lugares certos, garantindo que cada uma esteja em um papel onde possa exercer seu melhor potencial.
      • Remover as pessoas que não contribuem para a cultura, o que pode ser difícil, mas é essencial para construir um time de excelência.
      • [vou contar mais em breve sobre o QUEM]

  • Confrontar os Fatos Brutais: Essas empresas não fugiam dos problemas. Elas enfrentavam a realidade nua e crua, mesmo quando era dura, mas sem perder a fé de que conseguiriam superar as dificuldades.
    • Para enfrentar a realidade:
      • Criar um ambiente onde a verdade seja ouvida, com conversas honestas e abertas.
      • Basear as decisões em dados e fatos, para entender a situação real.
      • Não perder a esperança, mantendo o foco na visão de longo prazo mesmo em momentos difíceis.
  • O Conceito do Porco-Espinho: As empresas que se destacam têm um foco muito claro, resultado da interseção de três elementos: o que fazem melhor do que qualquer um, o que impulsiona seu motor econômico e o que as apaixona. Essa clareza estratégica é chamada de "Conceito do Porco-Espinho".
    • Os três elementos são:
      1. O que a empresa faz melhor do que ninguém.
      2. O que move o motor econômico, ou seja, o principal impulsionador de receita e lucro.
      3. O que desperta paixão genuína nos membros da equipe.
  • Cultura de Disciplina: Disciplina é essencial. Empresas que saem da mediocridade para a excelência criam uma cultura em que as pessoas têm liberdade para agir, mas dentro de um quadro estratégico bem definido.
    • Algumas ideias que me chamaram atenção:
      • Autodisciplina em cada membro da equipe para que eles assumam responsabilidades.
      • Foco constante nas prioridades, concentrando-se nas atividades que realmente geram resultados.
      • Confiar no time e evitar microgerenciar, garantindo que todos tenham diretrizes claras, mas liberdade para entregá-las.
      • 📔The ONE THING - Gary Keller (Entrepr).

  • Tecnologia como Acelerador: A tecnologia, nessas empresas, foi usada como uma ferramenta para acelerar o crescimento, não como o ponto de partida. Não se trata de depender da tecnologia, mas de utilizá-la para potencializar o que já estava funcionando.
    • Algumas reflexões sobre o uso da tecnologia:
      • A tecnologia deve sempre estar a serviço da estratégia, reforçando aquilo que já funciona bem.
      • O sucesso não pode depender apenas da tecnologia; ele deve vir de uma base sólida de gestão e de um time bem alinhado.
      • Nem toda inovação tecnológica precisa ser adotada — o ideal é escolher apenas aquelas que realmente agregam valor.
  • O Ciclo do Vira-Volta: A mudança não acontece da noite para o dia. É como girar uma roda pesada: no início, é difícil, mas, com esforço consistente, o ciclo começa a girar mais rápido e com menos esforço. O sucesso é construído gradualmente, sem atalhos.
    • Algumas lições sobre consistência:
      • Pequenas ações consistentes ao longo do tempo geram grandes resultados.
      • É importante focar no processo, valorizando cada etapa do progresso.
      • Evitar a tentação dos atalhos que podem comprometer a qualidade e a solidez da empresa.

Esses princípios de "Empresas Feitas para Vencer" me fizeram refletir sobre como liderar com propósito, escolher as pessoas certas e buscar simplicidade no foco estratégico. Para quem quer transformar uma empresa de boa para excelente, a base está em liderança humilde e determinada, um time certo e a capacidade de enfrentar desafios com coragem, mantendo sempre o foco no longo prazo.